Feira dos Moços - Toda a Informação










































Um pouco de história desta Feira:


Pagar a Cabrita ou a Feira dos Moços.


Em tempos idos, à Feira dos Moços em Santiago de Custóias (primeiro de No­vembro e primeira terça-feira de Abril) compareciam em peso abastados lavra­dores da Maia. Ali, juntavam-se criados ou moços de servir a oferecer préstimos ao amo que desse mais. O primeiro (de Verão), com soldadas mais elevadas, dizia respeito aos meses de Abril a Ou­tubro. O segundo (de Inverno), de No­vembro a Março. O contrato era verbal, selado com um aperto de mão, teste­munhado por lavradores. Incluía ou não roupa lavada e remendada pela patroa, que oferecia duas calças de cotim, um par de socos abertos e outros fechados e duas camisas de riscado. Sem estas regalias, o criado aceitava um dia por mês (Domingo) para lavar e remendar. Fechado o contrato, o patrão era obri­gado, por tradição, a pagar a cabrita (marenda) ao moço, na taberna da feira. Na feira de Novembro, castanhas e vinho tinto e na feira de Abril, figos de seira e vinho branco.Havia várias categorias de moços, co­meçando pelas mais baixas: o moço de soga ou de “chamar” os bois, vulgar­mente contratados a comer e vestir; o moço de roçar (mato para as cortes dos animais) e o moço de segar (erva). O moço grande, mais velho, mantinha su­premacia   sobre os outros e, se tivesse tino (e sorte), poderia casar com a filha do patrão ( ...)Este texto, de    Alberto de Oliveira, atesta bem o carácter rural não só da freguesia de Custóias, mas de todas as     freguesias envolventes. A conhecida Feira dos Moços realizava-se no Largo do Souto desde 1842     (antes desta data realizava-se no Padrão da Légua) até 1950. (texto retirado da Monografia de     Custóias)a Freguesia de Custóias foi elevada a Vila, em 26 Agosto de 2003,motivo porque esta feira se   passou a realizar nesta data.
















A 8ª edição da Feira dos Moços animou durante cinco dias o Largo do Souto, na Freguesia de Custóias. Além de um salto até ao passado, já que este evento reconstitui uma tradição antiga desta Vila, os pratos fortes da feira passaram pelo artesanato, pela gastronomia e por muitos espetáculos de variedades. José Tunes não faltou e mostrou-se satisfeito pelo "sucesso" de uma iniciativa que cativou muitos visitantes.
Sabe o que era, há 50 anos, a Feiras dos Moços? O presidente da Junta de Custóias explica: "Antigamente viviam-se tempos muito difíceis. Os rapazes com idade para trabalhar, os moços, eram alugados pelos lavradores no Largo do Souto. Nessa época os contratos eram verbais e usava-se a confiança mútua entre empregados e empregadores".
Mas tal como, o autarca custoiense, também, referiu ao JM, hoje em dia a Feira dos Moços serve para reviver um acontecimento do passado e para comemorar a elevação de Custóias de Freguesia a Vila. É que, antigamente, a Feira dos Moços ocorria em Abril e Novembro, mas a sua reconstituição anima o Largo do Souto em pleno Verão, uma vez que a data de elevação de Custóias a Vila é de 26 de Agosto de 2003.
"A Feira dos Moços tem duas faces. Esta iniciativa serve para assinalar o aniversário da elevação e para reviver uma tradição de há 50 anos. E serve ainda para contar às novas gerações como foi a vida dos seus pais e dos seus avós...", acrescentou o presidente da Junta.
Assim, entre barraquinhas de comes e bebes, bancas de artesanato, exposições de trabalhos, atelier  representações teatrais e espectáculos, a "sala de visitas" de Custóias encheu-se de visitantes que, atraídos pela cor, pela música, e pelos entretimentos  puderam assistir e participar numa reconstituição histórica, emblemática para a Freguesia. "É muito importante manter esta tradição, porque uma das responsabilidades das autarquias é encontrar um registo cultural nas suas tradições populares".

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